22.4.07

busy days

Chego à casa com vista para o palácio e tal como esperava encontro-a vazia. Vazia de gente. Nada nem ninguém. Nem o gato preguiçoso se esconde debaixo da mesa com o seu miar piegas nem tão-pouco sinto as sombras da roupa estendida a dançarem na parede da cozinha. O quarto desocupado e cheio de luz nunca foi tão espaçoso. O soalho brilha com os raios baixos da luz de Poente e pela janela, sobre a infinidade de telhados, vejo ao fundo o rio Tejo.
Hoje, nesta casa, sobram apenas os meus livros, as estantes que os suportam e umas quantas molduras encostadas em fila-indiana à parede.
Monto as caixas de cartão surripiadas pelos supermercados e começo a empacotar. Tenho cinco dias para devolver a chave.