de Elmer Batters a Iga A.


As fotos a Iga A. remetem-me automaticamente para o universo visual de Elmer Batters: uma atmosfera cálida e doméstica na qual os movimentos são captados num acto natural, mesmo quando de pose. Neste conjunto de fotos repescam-se as tendências de um determinado período da história da fotografia erótica. Mas não só: também a mulher voluptuosa (e paradoxalmente algo inocente) é recuperada. A ideia da sofisticada modelo sexy e quase anoréctica é preterida por uma aura feminina de maternidade e ingenuidade. O vintage substitui o trendy. Iga A., mesmo não o sendo, é um bom exemplo do amateur voyeur nos dias de hoje. Relembrando Roland Barthes e a sua definição de punctum numa foto, aqui fica sem dúvida um bom exemplo.
<< Página inicial