16.9.07

dedicatória aos bravos (3)



Portugal 13-108 Nova Zelândia
Campeonato do Mundo de Râguebi 2007

Pois é. O resultado foi o esperado, ou talvez um pouco mais do esperado. Tomaz Morais, consciente das diferenças abismais entre as duas equipas, pretendia apenas que os pontos marcados pelos neozelandeses não chegassem aos três dígitos. Não aconteceu; mas tal, quanto a mim, não tem importância nenhuma. Importante, por exemplo, é ganhar à Roménia ou fazer suar os italianos. Já Francisco José Viegas acha que "seis ensaios permitidos em oito minutos é desaforo" e "que foi uma cabazada com placagens falhadas". É verdade; mas disse-o como se o contrário fosse fácil, como se fosse uma luta entre partes iguais e alguém tivesse baixado os braços ou enfiado a cabeça na areia.

Os All Blacks são e serão sempre uma maior referência do râguebi mundial. Não apenas porque são dos melhores, o que é por si só um factor importante, mas também pelo seu lado mítico. A lenda cresceu pela grandeza enquanto equipa mas associado a isso está uma componente exótica, visual: os jogadores 'maoris', o equipamento negro e o célebre 'haka'. Por tudo isto quando era miúdo e fui entrevistado por uma rádio local, sobre o meu primeiro jogo na Selecção, (de juvenis, imagine-se), e me perguntaram qual seria o meu maior sonho enquanto jogador de rugby eu respondi prontamente "jogar com os All Blacks". Não o cumpri, nem nada perto disso, (fiquei-me pelo País de Gales no FIRA 95 de Júniores em Bucareste), mas agora estão os Lobos de certa forma a vivê-lo por mim. Por isso, com os All Blacks, não faz nenhum mal que percam. Mesmo que por muitos. O importante é que estão lá; e a viver o sonho deles.

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