15.10.07

case history

Boris Mikhailov, nas suas fotografias de indigentes e loucos, mostra-nos o extremo da condição humana, esse momento no qual já não existe qualquer vestígio de sanidade, dignidade, esperança e lucidez. Martin Parr expõe o oposto, o outro extremo, onde o supérfluo e a ostentação andam lado a lado. E então vemos que também aí, apesar do disfarce, não há qualquer resquício de sanidade, dignidade, esperança e lucidez. São os extremos que se tocam e que no fundo são a mesma coisa, o que muda, naturalmente, é o invólucro.