23.3.08

dos amigos

É sempre bom receber a visita de amigos. Sobretudo daqueles que se estão nas tintas para o habitual périplo turístico nova-iorquino: a visita ao MoMA e ao Met, o brunch no Pastis, as lojas da Quinta Avenida, o gospel no Harlem ou ir cortar o cabelo à Greenwich Village. Ao contrário, preferem acompanhar-nos no jogging diário ao longo do East River e ver do lado de Brooklyn, iluminado pelo sol de nascente, o recorte da velha fábrica de açúcar; preferem um jogo de gamão numa decadente casa-de-chá em Chinatown; preferem o diner escuro e o carrot-cake ao restaurante no Soho com o coulant de chocolate. E acima de tudo não se importam de perder horas numa livraria de bairro. Isso são os verdadeiros amigos, aqueles que no fundo são uma extensão de nós próprios.