22.5.08

os cães de palha

Lembro-me bem de um tipo que eu não conhecia e que era muito crítico de tudo e de todos. Nas suas observações vinha sempre camuflada uma dose de agressividade e sarcasmo que por si só já demonstrava uma notória dor-de-corno.

Depois um dia, casualmente, vi-o e surpreendeu-me a sua fraca figura de homem enfiado numa vida de merda. E então nesse momento compreendi a Mão de Deus: a ele, que nada tinha, o Altíssimo deu-lhe a língua afiada. Mas nada mais do que isso.