16.6.08

a geografia íntima

O corpo como a cidade; as ruas como os braços e as pernas; os becos como as mãos; o parque como o torso; os sons urbanos como os suspiros suaves, as palavras amáveis, os códigos de benquerença. A exploração de um território —pele ou alcatrão— e as descobertas constantes. Como numa cidade e na sua geografia urbana também os lugares específicos das geografias íntimas ficam alojados na memória dos cinco sentidos. Depois um dia virá a partida, o último momento em que se percorrem aquelas ruas, se reconhecem aqueles sinais e por fim se avista já muito ao longe a silhueta da cidade.