26.6.08

nomadismos (2)

Sir Richard Francis Burton

Nunca aprofundei detalhes da sua biografia —embora o livro esteja ali há meses a ganhar pó— e talvez não venha a fazê-lo por duas razões: admirar o percurso de um homem não significa necessariamente admirar esse homem enquanto Homem; e segundo) os aborrecidos detalhes biográficos de génese genealógica compõem sempre grossa-parte destas publicações. No fundo, o que me interessa em Richard Burton (1821 – 1890) não é a sua vida, mas sim a ideia da sua vida.

Aventureiro, explorador, orientalista, etnólogo, militar, autor, tradutor, diplomata e ainda hipnotizador, detalhe que desconhecia mas que a Wikipédia fez o favor de acrescentar. Dominava mais de vinte idiomas e percorreu durante anos África e a Ásia. De entre os seus inúmeros feitos a todos os níveis —viagens, explorações e publicações— deparei-me com Burton através da sua tradução homérica das 'Mil e Uma Noites, os Contos de Sherazade' (que agora retomo na versão inglesa) pois incluía na contra-capa um epítomezito das suas aventuras.

Ele sim, foi um nómada.
Eu não passo de um subproduto da chamada 'Globalização'.