the football season is over
Hunter Stockton Thompson aos 67 fartou-se e enquanto a nora e o neto jogavam na sala do lado, o seu filho lhes tirava uma fotografia e a mulher falava do ginásio com ele ao telefone, estoirou os miolos com um revólver .45 da sua colecção de armas de fogo. O bilhete que entregara quatro dias antes à sua mulher, com o título 'The football season is over', foi entendido como a nota de suícidio:
"No More Games. No More Bombs. No More Walking. No More Fun. No More Swimming. 67. That is 17 years past 50. 17 more than I needed or wanted. Boring. I am always bitchy. No Fun — for anybody. 67. You are getting Greedy. Act your old age. Relax — This won't hurt".
**
Repito o post que escrevi pouco depois da morte Hunter S. Thompson (1937-2005) para assinalar a estreia de 'Gonzo: The Life and Work of Hunter S. Thompson'. O documentário, carregado de testemunhos de pessoas que de algum modo acompanharam Hunter —de amigos a políticos— e de dezenas de vídeos de arquivo mostrando-o nas mais diversas actividades, foca os momentos-chave do escritor/jornalista norte-americano: a reportagem, como elemento infiltrado, sobre os Hells Angels (que lhe valeu uma valente sova quando foi descoberto); a candidatura 'Freak Power' a xerife de Pitkin County no Colorado; a célebre viagem que deu origem ao livro 'Fear and Loathing in Las Vegas'; a criação do Gonzo Journalism; os anos da Rolling Stone; a dedicação a McGovern nas Primárias do Partido Democrata de '72 e os últimos anos passados em Woody Creek numa vertigem de drogas, como sempre, orgias e armas de fogo.
Vinte anos antes de morrer descreveu para uma câmara, com as montanhas do Colorado como cenário, como seria naquele sítio o seu funeral. Quando o dia chegou os amigos fizeram-lhe a vontade.
"No More Games. No More Bombs. No More Walking. No More Fun. No More Swimming. 67. That is 17 years past 50. 17 more than I needed or wanted. Boring. I am always bitchy. No Fun — for anybody. 67. You are getting Greedy. Act your old age. Relax — This won't hurt".
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Repito o post que escrevi pouco depois da morte Hunter S. Thompson (1937-2005) para assinalar a estreia de 'Gonzo: The Life and Work of Hunter S. Thompson'. O documentário, carregado de testemunhos de pessoas que de algum modo acompanharam Hunter —de amigos a políticos— e de dezenas de vídeos de arquivo mostrando-o nas mais diversas actividades, foca os momentos-chave do escritor/jornalista norte-americano: a reportagem, como elemento infiltrado, sobre os Hells Angels (que lhe valeu uma valente sova quando foi descoberto); a candidatura 'Freak Power' a xerife de Pitkin County no Colorado; a célebre viagem que deu origem ao livro 'Fear and Loathing in Las Vegas'; a criação do Gonzo Journalism; os anos da Rolling Stone; a dedicação a McGovern nas Primárias do Partido Democrata de '72 e os últimos anos passados em Woody Creek numa vertigem de drogas, como sempre, orgias e armas de fogo.
Vinte anos antes de morrer descreveu para uma câmara, com as montanhas do Colorado como cenário, como seria naquele sítio o seu funeral. Quando o dia chegou os amigos fizeram-lhe a vontade.
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