o cinema de Kobayashi; quando o sacrifício compensa
O cinema de Masaki Kobayashi possui aquela característica subliminar comum a todos os românticos de que o sacrifício, em prol de algo maior, compensa. Tal não é mostrado de uma forma explícita ou voluntária, como num opúsculo católico medieval; é antes um discreto fio condutor que une a narrativa e aparece na forma da procura do sentido de justiça. Essa procura — ou o acto de sacrifício — camufla e atenua o sofrimento, pois atingir o resultado — ou o justo — é a aspiração maior das suas personagens.
Comparando 'Samurai Rebellion' (1967) e 'Black River' (1957), cujos cenários de acção são física e temporalmente díspares, sente-se em ambos a mensagem de que na luta pelos ideais e pela liberdade vale a pena perder tudo — inclusive a vida. Mas para isso, claro está, o Ideal tem de superar a Cobardia.
No cinema de Kobayashi, ao contrário de na Doutrina Estóica, Sofrimento e Paixão existem como uma opção pessoal, prevalecendo sobre a Razão. Comigo, terei de acrescentar, passa-se exactamente a mesma merda. Agora veja-se onde isso me deixou.
Comparando 'Samurai Rebellion' (1967) e 'Black River' (1957), cujos cenários de acção são física e temporalmente díspares, sente-se em ambos a mensagem de que na luta pelos ideais e pela liberdade vale a pena perder tudo — inclusive a vida. Mas para isso, claro está, o Ideal tem de superar a Cobardia.
No cinema de Kobayashi, ao contrário de na Doutrina Estóica, Sofrimento e Paixão existem como uma opção pessoal, prevalecendo sobre a Razão. Comigo, terei de acrescentar, passa-se exactamente a mesma merda. Agora veja-se onde isso me deixou.
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