se dessem um fruto
"Frankie comes over to the car, he comes over. He looks at the car like this, he says, 'Fuck the fuckin' car man, the fuckin' car's fucked'." in 'Our Gang', 'Drinking in America'.
Eric Bogosian foi uma descoberta recente. O trabalho de este dramaturgo (e monologuist performer) percorre aquela melancolia associada à resignação de que a vida não nos reservou algo de extraordinário ou formidável e de que não passamos de peões num universo maior definido pela política, os media, uma sociedade alienada e por vezes o acaso. Nos monólogos de Bogosian sente-se aquele carácter tão deliciosamente carveriano de desalento, integrado numa paisagem visual muito forte da cultura pós-moderna norte-americana e dos seus mecanismos sociais. Apetece-me então dizer, e apenas porque ainda tenho a frase do obituário de James Crumley na cabeça, que se Raymond Carver e David Mamet dessem um fruto, esse seria Eric Bogosian.
Eric Bogosian foi uma descoberta recente. O trabalho de este dramaturgo (e monologuist performer) percorre aquela melancolia associada à resignação de que a vida não nos reservou algo de extraordinário ou formidável e de que não passamos de peões num universo maior definido pela política, os media, uma sociedade alienada e por vezes o acaso. Nos monólogos de Bogosian sente-se aquele carácter tão deliciosamente carveriano de desalento, integrado numa paisagem visual muito forte da cultura pós-moderna norte-americana e dos seus mecanismos sociais. Apetece-me então dizer, e apenas porque ainda tenho a frase do obituário de James Crumley na cabeça, que se Raymond Carver e David Mamet dessem um fruto, esse seria Eric Bogosian.
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