ainda sobre mencken
Às páginas tantas, na 85 para ser exacto, Mencken aponta no seu característico tom satírico uma terceira razão para não abandonar os Estados Unidos, não obstante, e nas suas palavras, os incitamentos lascivos de muitos expatriados para a eles se juntar. Refere assim a ideia de um país-espectáculo cativante pela oferta de um entretenimento peculiar e inigualável (pensava ele): peixeirada entre demagogos, elaboradas tramóias pelos ases da trafulhice e caça aberta às bruxas e aos hereges.
Mas agora pergunto-me: e se Mencken, popularmente conhecido como o Sábio de Baltimore, preferiu não sair da América por saber que tal como ele tinha elevados preconceitos culturais em relação à grande maioria dos seus conterrâneos, ao ir para a Europa não iriam da mesma forma os europeus exercer esse sentimento de superioridade perante ele, um «americano»? É bem provável, pois preconceitos há em todo o lado e assim sendo, mesmo nos anos '20, já era sempre melhor ser sábio em casa própria do que burro em terra alheia. Ou então esta conclusão é apenas um reflexo do Mencken que há em mim a falar.
Mas agora pergunto-me: e se Mencken, popularmente conhecido como o Sábio de Baltimore, preferiu não sair da América por saber que tal como ele tinha elevados preconceitos culturais em relação à grande maioria dos seus conterrâneos, ao ir para a Europa não iriam da mesma forma os europeus exercer esse sentimento de superioridade perante ele, um «americano»? É bem provável, pois preconceitos há em todo o lado e assim sendo, mesmo nos anos '20, já era sempre melhor ser sábio em casa própria do que burro em terra alheia. Ou então esta conclusão é apenas um reflexo do Mencken que há em mim a falar.
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