a colecção BESarte, educação pública como um segundo acto de mecenato
A colecção BESarte Foto, iniciada em 2004 e agora parcialmente exposta no CCB (imperdível e com entrada gratuita), é a chamada colecção by the book. Através do seu objecto central, a fotografia (e dentro da fotografia essencialmente a fine-art photography), reunem-se alguns nomes-chave da história do meio a partir dos anos 1960/70 do século XX e muitos novos autores do século XXI. A opção por artistas de referência (nacionais e internacionais) serve de suporte à colecção; uma escolha de obras emblemáticas e singulares em detrimento de séries de um mesmo autor permite uma maior variedade de estilos e abordagens; e a aposta paralela em gerações mais novas e em ascensão traz a contemporaneidade e vanguarda. Estes elementos, ou as bases que estruturam a selecção de obras, são explicados na introdução do livro/catálogo por Alexandra Fonseca Pinho, a curadora da colecção (e não da exposição).
No acervo de mais de quatrocentas e cinquenta obras, impressionantemente reunidas em apenas quatro anos, há uma segurança na escolha de fotógrafos consolidados mundialmente que garante o investimento (pois uma colecção privada é também e sempre um investimento) e existe igualmente um interesse em nomes novos e com potencial internacional, um acto de mecenato. Ainda de salientar que esta aposta cultural do BES, claramente um paradigma, vem ao mesmo tempo abrir portas ao meio (to the medium) num acto de educação pública —ou um segundo acto de mecenato— para um país no qual a fotografia (e sobretudo a fine-art photography) não tem (ou pouca tem) qualquer expressão comercial.
No acervo de mais de quatrocentas e cinquenta obras, impressionantemente reunidas em apenas quatro anos, há uma segurança na escolha de fotógrafos consolidados mundialmente que garante o investimento (pois uma colecção privada é também e sempre um investimento) e existe igualmente um interesse em nomes novos e com potencial internacional, um acto de mecenato. Ainda de salientar que esta aposta cultural do BES, claramente um paradigma, vem ao mesmo tempo abrir portas ao meio (to the medium) num acto de educação pública —ou um segundo acto de mecenato— para um país no qual a fotografia (e sobretudo a fine-art photography) não tem (ou pouca tem) qualquer expressão comercial.
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