6.2.09

às vezes penso que gostava de ter o cabelo à Dana Andrews

De um certo ponto de vista 'O Presumível Inocente' (1990), de Alan Pakula, toca em alguns aspectos 'Laura' (1944), de Otto Preminger. Há no ar uma subliminar e peculiar devoção a uma morta, a um cadáver. No caso do primeiro justificada pela anterior história em comum, no segundo criada pela contemplação de uma única imagem e pelos testemunhos daqueles que perto dela viveram. Existe porém uma grande diferença: afinal Laura não estava morta, o que prova o excelso sexto sentido poirotiano da personagem de Dana Andrews, coisa que Sabich claramente não teve.