na sua maioria
Transcendentalmente, o Acaso é universal e omnipresente; tal e qual Deus, dirá Santo Agostinho. Acções e consequências advêm dele. Como conceito abstracto e metafísico, o Absurdo, em parte efeito do Acaso, é mais inspirador e extraordinário. Todos estamos à mercê de uma perpétua casualidade, ou dos tais actos inesperados que produzem mudanças — como em Bresson por exemplo — mas esta casualidade raramente é absurda — como o é em Camus ou até em Paul Bowles (veja-se 'A Distant Episode'). O resultado do Acaso é por isso mesmo, na sua maioria, nada mais do que banal e ordinário. Como as próprias vidas; ou a grande parte delas.
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