9.5.09

da arte e do sentido

Quando me perguntaram sobre as minhas preferências na Arte Contemporânea portuguesa não tive grandes dúvidas —embora aprecie igualmente outros, naturalmente— em apontar três nomes para três novas gerações: José Pedro Croft (1957); Gil Heitor Cortesão (1967); e Manuel Caeiro (1975). Focando-nos nas obras dos três artistas, podemos dizer que a preferência faz todo o sentido, se é que preferências têm de fazer sentido. Do construtivismo mais abstracto de Croft ao racionalismo figurativo de Caeiro e passando pela memória modernista de Heitor Cortesão, a arquitectura, ou referências (por vezes) remotamente ligadas à arquitectura, são, a par de estilizadas contextualizações espaciais, elementos comuns a todos os trabalhos. A preferência faz assim todo o sentido, mais uma vez, se é que tem de fazer sentido. Mas é quem me conhece que diz que faz mesmo todo o sentido.