cumulonimbus e Deus
Ontem, ao regressar a Lisboa pela ponte Vasco da Gama, tive oportunidade de testemunhar uma imagem incomum. Um conjunto invulgar de nuvens cobria todo o horizonte sobre a cidade. A sua escala era monstruosa, com uma altura que pelos meus breves cálculos parecia ultrapassar em mais de cem vezes a das edificações urbanas. Depois, acima das nuvens, a luz e os raios de sol entretinham-se num jogo superior e inacessível aos comuns mortais. Eu sei que há a Evolução, Camus, ou a recente Urgência do Ateísmo mas perante um cenário destes acabamos sempre por sentir um qualquer poder divino. Mesmo um agnóstico cínico como eu.
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