11.5.10

voici les temps des narcisses

Num alargado conjunto de pessoas, constata-se que o que mais gostam nos outros é um reflexo de algo que pressentem neles próprios. Será tal percepção o mesmo que dizer que quantos mais reflexos, mais paixão. Nesta aritmética dicotómica do reflexo eu/outro, concluímos inevitavelmente que a paixão é —acima de tudo— muito, muito narcísica.