14.8.11

Chove como não há memória. Doze horas a fio sem parar. O barulho dos trovões é apenas interrompido pelas ocasionais sirenes. A cidade que nunca dorme silenciou-se, por fim. Da minha janela não vejo passar quem quer que seja e eu próprio tão-pouco me aventuro pela rua alagada. Observo-a apenas, cá de dentro, sozinho, sem calmas ou pressas; sem motivos ou objectivos.