27.12.11

year after year

Embora «novo», envelheço. Dou conta dos anos a passar. Não só em mim. Nos outros, o meu espelho, também. Percebo que envelheço mas que sou o mesmo. Por vezes sem o ser mais naquilo em que o era. Ou quase sempre por ser gradualmente um pouco menos daquilo em que o fui. Mas gosto de pensar que, diferente ou não, sou mais do que alguma vez poderia sequer pensar ter vindo a ser. A ilusão, velha companheira de armas, lado a lado com a derrota de uma vida. Torne-me assim noutro homem, dia após dia. Melhor, gostaria. Mais velho, certamente.