12.12.11

praise the machine (2)

Figura estratégica da mudança de rumo da Bauhaus foi o multifacetado húngaro Lazslo Moholy-Nagy. Amplamente influenciado pelos construtivistas, Moholy-Nagy defendia no seu tratado 'Constructivism and the Proletariat' (1922) a realidade do século como a technologia: a invenção, construção e manutenção de máquinas  «to be a user of machines is to be of the spirit of this century». Sendo a Fotografia a mais mecanizada e tecnológica das artes à época compreende-se que, para o húngaro, quem nada soubesse de Fotografia não passaria de um iliterado visual. Durante o trabalho vestia-se como um operário de fato-de-macaco e deixou de lado as suas ambições artísticas pessoais pelo interesse colectivo, visto que lhe parecia que «a indulgência pessoal em criar arte em nada contribuiu para a felicidade das massas». O seu romance com a Máquina e o Socialismo prosseguiu e Moholy-Nagy provou ser o homem que Gropius idealizou para a Bauhaus desde o início: a mecanização como o meio de extrapolar a produção do homem a favor do colectivo. O que fez com que o seu antecessor Joannes Itten, intelectual dado a espiritualismos e impulsionador da actividade artística pessoal, se tornasse no vanguardista mais obsoleto do século XX.