the billiard kind
Troquei os cigarros pelo cachimbo. Por uma questão de ritual, sobretudo. O trabalho em Downtown é exigente. As relações profissionais são complexas —talvez mais do que as tarefas em si. O cachimbo proporciona-me um momento de relaxamento, à hora de almoço em frente ao rio, ou à noite ao chegar a casa. Colocar o tabaco, pressioná-lo para a firmeza certa, acendê-lo lentamente em inalações compassadas. Deixar depois o sabor rolar na boca e expelir o fumo branco, espesso. Dos vários tipos de cachimbos prefiro o Billiard, clássico e perfeito. E dentro dos rituais do cachimbo há também os de limpeza: da raspagem da câmara do fornilho ao interior da haste com um escovilhão. Tudo parte de um todo, do tal ritual. Coisas que vêm com os anos, parece-me.
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