das pensões
Revelou-me alguma preocupação pelas condições a que aparentemente estaria a sujeitar-me. É certo que à primeira vista a pensão chinesa será de facto um local periclitante; mas há que ir mais atrás no tempo e relembrar outras geografias nocturnas solitárias. E depois de tal exercício, revendo a memória desses outros lugares no Sul da Ásia, na América Central ou no Magreb, a lodge de Chinatown não é mais do que um tímido parente afastado. E refiro-me por exemplo às noites em Chittagong, cidade onde fotografava as indústrias do Shipbreaking nos arrabaldes, e do pânico que os ataques suicidas do Jama'atul Mujahideen Bangladesh causaram: êxodo em massa temporário e um recolher obrigatório; ou também da noite na qual uma septicemia me fez vomitar sangue e tremer até à exaustão num bordel à beira da estrada a caminho de Bhavnagar. Dois casos apenas e vê-se imediatamente o óbvio: a pensão chinesa é um luxo asiático.
No worries about it.
No worries about it.
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