4.6.09

ainda de 'play it as it lays'

O que me pareceu mais curioso nesta obra de Didion foi a aproximação a dois autores por aqui particularmente estimados: C. Bukowski e Raymond Carver, ambos seus contemporâneos. Porém, esta aproximação não é suficiente para inserir Didion no Dirty Realism que caracteriza os outros dois. Por um lado, não é crua e despojada como Bukowski; e por outro, ao contrário das personagens de Carver, Maria é dotada de um impulso de sobrevivência. Como aqui escrevi, em Carver não há luta ou heroísmos estóicos, há apenas conformismo. Com Maria (ou em Didion) há muito mais do que isso.